Com pouco mais de 90 dias para as eleições municipais e menos de um mês para os pré-candidatos, partidos e federações oficializarem os nomes para as disputas municipais, em Castanheira, a 42 quilômetros de Juína, o ineditismo do último pleito pode se repetir: é quase certo que o atual prefeito e pré-candidato, Jackson de Oliveira Rios Júnior, caso confirmado por seu partido, o União Brasil, não terá concorrente.
Juninho, como é conhecido no círculo mais próximo, e que costuma repetir “não gosto de falar, mas fazer”, não confirma ao Juína News sua candidatura. Como a todos que o procura, revelando suas raízes cristãs, diz que “tudo está nas mãos de Deus”. Na cidade, contudo, o comentário é um só: dificilmente alguém ousaria concorrer com ele.
Chefe de gabinete da ex prefeita Mabel de Fátima Melanezi Almici, hoje residindo em Juína, o prefeito de Castanheira faz parte de um projeto inédito na história do município, com ampla repercussão no noroeste do Estado, pelo grande volume de obras estruturais. Dele registra-se a primeira reeleição, candidatura única também pela primeira vez, com Juninho, e agora, em 2024, a possibilidade de uma segunda reeleição.
Nos bastidores da política castanheirense comenta-se que o segmento que, em tese, representou até hoje oposição ao grupo aliado a Juninho, está na base do PL, partido recentemente criado no município, tendo em suas fileiras nomes como o empresário Lenoir Maria, do Laticínios Casterleite e a vereadora Marli Dias e respaldado na popularidade do ex presidente Jair Bolsonaro.
Em reuniões preliminares, do grupo, contudo, de forma quase unânime a opinião corrente é de não se lançar um concorrente. Cogita-se a indicação do vice do próprio Juninho, projetando-se as eleições de 2028. Aliás, é por essa função e pelo legislativo que devem girar as maiores discussões, disputas e decisões nas próximas semanas. No final, contudo, tudo são hipóteses. Como costumam dizer alguns analistas, entre o período de pré-campanha e das convenções partidárias, muita água costuma rolar.